sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A muralha de Jericó

Texto: Js.6.1-21; Heb.11.30; II Cor.10.4-5
Introdução: A cidade de Jericó era cercada por uma muralha tão larga que sobre ela havia casas. Raabe morava numa delas.

1- As nossas muralhas.
A muralha era o grande obstáculo entre o povo de Deus e a cidade a ser conquistada. Muitas muralhas se levantam contra nós.

São grandes problemas, aparentemente insolúveis.


2- As soluções humanas.
Josué poderia criar alternativas para tentar solucionar o problema: saltar sobre a muralha? Cavar um túnel por baixo? Perfurar a muralha?

Nada disso seria possível. Muitas pessoas buscam soluções inadequadas ou até ilícitas para os seus problemas.

3- A solução divina.
Muitas vezes, precisamos de uma interferência divina em nossas vidas. Só Deus poderia derrubar aquela muralha.

Para isso, os israelitas precisavam ter consigo a arca da aliança, que representava a presença de Deus e o seu compromisso com Israel.

Precisavam também obedecer à ordem de rodear a cidade. Além da fé, precisamos agir de acordo com as ordens de Deus.

Outro fator importante era o tempo. Eles precisavam ser pacientes e perseverantes, pois só depois de 7 dias é que a vitória viria.
Conclusão: Precisamos de compromisso com Deus, sua presença conosco, fé, ação em obediência, paciência e perseverança para alcançarmos a vitória.

O FILHO PRÓDIGO QUE FICOU EM CASA

O filho pródigo da parábola narrada por Jesus em Lucas 15:25-30, refere-se ao filho mais moço (15:12), e não ao filho mais velho que ficou em casa. Não obstante, falaremos a respeito deste ultimo.
Pródigo, literalmente significa “dissipador, esbanjador, desperdiçador etc”. O filho pródigo da parábola foi acusado de dissipar sua fazenda, gastar sua herança, abandonar a casa do pai e viver dissolutamente. Seu irmão mais velho, que ficou em casa, não esbanjou seus bens nem abandonou o lar paterno. Porém, tempos depois, sua atitude grosseira tanto para com seu pai como para seu irmão, que voltara arrependido, renunciando até o direito de filho (15:21), demonstra que ele era mais pródigo do que o que deixara o lar.


Os dois filhos pródigos
O irmão mais novo era pródigo por dissipar sua fazenda, sua herança; o mais velho era pródigo por dissipar a oportunidade de demonstrar o seu amor, a misericórdia e o perdão. A sua falta de amor para com o irmão e a desobediência para com o seu pai são provas de sua prodigalidade. O irmão mais moço, pródigo, fora de casa (na igreja). O mais novo, voltando arrependido, pedindo perdão, renunciando os seus direitos para ficar em casa como servo-jornaleiro.
O mais velho, apesar de estar em casa com seu pai (15:13b), assumiu uma posição inflexível e impiedosa diante do irmão que voltara arrependido. “O seu coração não sabia aprecias a graça que espera, anela, recebe e abençoa”. Nem com “bezerros cevados e música divina” ele mudou de atitude diante da volta do irmão. Antes, queria gozar com seus amigos, em detrimento do perdão daquele que estivera ausente.
O filho pródigo que ficou em casa, ao ouvir a música e ver a comida que seu pai havia preparado para comemorar a volta do filho, perguntou aos servos: “Que barulho é este?” Os servos responderam: “Veio teu irmão, e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo” (v 17). “Meu irmão! Não!” Foi falar com seu pai, e durante a conversa usou o termo ”este teu filho” (v 30). Considerou a música e o banquete desnecessário extravagante. Ora, o momento era de alegria, de perdão, de regozijo. Já pensou que tipo de música bonita não seria aquela que o pai mandou tocar para seu filho que voltava? Porém, o filho mais velho não queria ouvir. Para esse tipo de “filhos pródigos”, a música sacra, “paternal”, não tem valor. Hoje, eles estão querendo ouvir a música profana, diante da qual nossa igrejas estão sendo ameaçadas, por tentarem agradar os “filhos pródigos modernos” que vivem dentro delas.

Dois modelos de crentes
Esses dois tipos de “filhos pródigos” são uma figura dos crentes (irmãos) que temos em nossas igrejas. Uns procurando acertar, reconhecendo seus erros e confessando seus pecados. Outros, justificando-se, cobrando os “serviços prestados” à igreja: “Tenho servido a tantos anos... nunca me deram um cabrito para comer com meus amigos” (v 29). Queixam-se de seus pastores, da igreja onde congregam, vivem sempre a se queixar.
O filho pródigo que ficou em casa é o tipo desses que vivem dentro da igreja confiando em seus próprios méritos, e sempre estão a dizer: “Sirvo aqui durante tantos anos... e nunca me deram um cabrito” (um cargo, uma posição)”. Quase sempre protestam quando a igreja recebe um filho pródigo. O quadro é triste, mas verdadeiro. “Alguns homens não alimentam sentimentos nobre para com seus semelhantes e, por conseguinte, não podem manifestar gozo pela salvação deles”, escreveu certo comentarista da Bíblia. O filho pródigo que saiu de casa viveu no mundo durante muitos anos e esbanjou os seus bens morais e espirituais. Más o importante é que ele voltou à casa paterna, e dele disse o seu pai: “Este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado” (15:32).
Vejamos agora os motivos que o filho pródigo que ficou em casa apresentou para não receber o seu irmão que havia voltado arrependido: 1) “Nunca me deste um “cabrito” para alegrar-me com meus amigos”, 2) “Mataste o bezerro cevado e tocaste música para ele, e para mim nem um “cabrito”. Sua Filosofia: Não perdoar, não recebê-lo, não fazer festa nem ouvir música. Sua doutrina: O que é meu é meu, e não o compartilho com ninguém.
A doutrina do pai era receber o filho perdido e integrá-lo na família (igreja), com todos os direitos de filho, e dizer-lhe: Filho, o que é meu é teu, e tosas as minhas coisas são tuas” (v 31).
Vejamos a diferença entre os dois filhos pródigos: O primeiro levantou-se e foi ter com seu pai, confessando os seus pecados, sem exigir nada, tão somente a sua admissão como servo (15:19). O segundo indignou-se e não quis entrar para abraçar o irmão, apresentando suas razões egoístas. O pródigo ajunta tudo, leva tudo (15:13,14), más ao voltar nem os amigos o acompanham. Somente o pai levanta-se e corre para abraçá-lo (15:20).
Se você meu irmão é um “irmão mais velho”, é “um que ficou em casa”, não despreze seu irmão quando ele voltar arrependido, confessando os seus pecados. Caso contrário, você será mais um pródigo dentro de casa (igreja), impedindo as bênçãos de Deus sobre sua vida e o direito de seu irmão voltar a ter paz com Cristo e com a igreja (sua casa).

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O barro e o oleiro














No livro do profeta Isaías (64.8), lemos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai; nós somos o barro, e tu o nosso oleiro; e todos nós obra das tuas mãos.”

Na definição de Isaías, somos barro nas mãos do Senhor. Vejamos, então, algumas lições que podem ser extraídas dessa bela metáfora.

1ª lição: O barro não tem valor.

Destituído de qualquer importância, o barro não é objeto de disputas. Não há guerras entre as nações por causa do barro. Por causa do petróleo, sim, e muitas. Por causa do ouro, sim. Por causa de drogas, sim. Mas por causa do barro, quem entraria em guerra? Ninguém! Barro não é raridade.

A causa de Jesus Cristo muito sofre por causa de nossas vaidades pessoais. Sofre quando, por exemplo, achamos que somos muita coisa, quando pensamos que a igreja fecharia suas portas se a deixássemos, que o grupo a que pertencemos se dissolveria caso saíssemos dele. É muita pretensão, você não acha? Na verdade, só Jesus é indispensável à Igreja. Ele disse aos discípulos: “Sem mim nada podeis fazer” (João 15.5).

E o apóstolo Paulo reprova essa atitude de superioridade da parte de alguns que se consideram cristãos: “Aquele, porém, que se gloria, glorie-se no Senhor. Porque não é aprovado aquele que se recomenda a si mesmo…” (2 Coríntios 10.17,18).

Alguém já disse certa vez: “Deus a todos fez do pó da terra; mas alguns pensam que foram feitos de porcelana.” Calma, meu jovem leitor! Você é de barro!

2ª lição: O barro é frágil.

Diferente do ferro ou do bronze, o barro se espatifa com a maior facilidade. O mesmo acontece conosco. Facilmente os nossos projetos se desmoronam de uma hora para outra. Basta uma pequena pressão da vida para que os nossos sonhos se despedacem como a botija de Jeremias (Jr 19.10).

Na década de 70 (você ainda não havia nascido), uma canção popular comunicava com clareza nossa fragilidade:

Eu sou como o cristal bonito

Que se quebra quando cai…

Essa fragilidade, no entanto, é a grande oportunidade de Deus, pois o barro pode ser modelado facilmente pelo artista. Deus é o artífice da nossa vida. Ele prefere que sejamos fracos como o barro a resistentes à sua vontade, como o bronze. Veja como Paulo explica isso: “…não me gloriarei, senão nas minhas fraquezas… e ele me disse: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Por isso, de boa vontade antes me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repouse sobre mim o poder de Cristo” (2 Coríntios 12.5,9).

3ª lição: O barro não tem querer.

Ainda por intermédio do profeta Isaías, o Senhor questiona: “…porventura dirá o barro ao que o formou: Que fazes?” (45.9). Seria absurdo admitir um oleiro trabalhar consultando o barro sobre a forma que este deveria receber. Neste sentido, Deus ensina uma poderosa e inesquecível lição a Jeremias, ordenando-lhe que vá à oficina do oleiro e observe bem o seu modo de trabalhar. E Jeremias viu que, “como o vaso, que ele fazia de barro, se estragou na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme pareceu bem aos seus olhos fazer” (Jr 18.4). Sublinhe em sua Bíblia: “conforme pareceu bem aos seus olhos fazer”.

Ao barro não resta outra opção a não ser a de render-se à vontade soberana do artista que o manipula. Barro não faz birra. Barro não dá berro. Barro não é burro! Barro obedece!

Muitas vezes, ficamos distantes da vontade de Deus para a nossa vida simplesmente porque não aceitamos a forma que ele, artista perfeito, quer imprimir em nós. Achamos até que ele deveria ter agido dessa ou daquela maneira, esquecidos de que é ele quem tem a última palavra. Mas…

4ª lição: O barro é a matéria-prima do artista.

É o artista quem resgata o barro da mediocridade. Nas mãos dele, o barro vira arte, é analisado, admirado, exibido em galerias e… passa a valer uma fortuna! É exatamente isso que Deus faz conosco. Ele nos recolhe em seu ateliê, dá um toque aqui, um retoque ali, e vai nos transformando em verdadeira obra de arte espiritual. O apóstolo Paulo diz:

“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não da nossa parte” (2Coríntios 4.7).

A parte b do versículo básico desta reflexão diz o seguinte: “…e todos nós (somos) obra das tuas mãos.” Não há dúvida de que, ao contemplar uma obra de arte, você admire o talento do artista. O mesmo acontece conosco. Nosso Senhor Jesus disse que a nossa vida deve ser tão bela neste mundo, que as pessoas que nos cercam vejam as nossas “boas obras e glorifiquem”, o artista que nos deixou assim.

Alimente os peixes clicando na água e eles segue você quando passa o mouse confira e divirta-se.